Day five tour: Uma levada da breca...
A manhã começou com uma caça ao chuvasqueiro pelas ruas do Funchal patrocinada por um caminheiro de primeiras águas a quem a chuva molha tolos quase impedia a descoberta da maior beleza da ilha. Depois da tarefa alcançada, lá rumamos de novo ao Parque Florestal das Queimadas, em Santana, de onde se inicia o PR9 - Levada do Caldeirão Verde. Depois de tanta indecisão quanto à escolha da levada, estava finalmente decidido, matavam-se dois coelhos de uma só caminhada, juntavam-se dois elementos a Terra e a Água. A impedir-nos estava agora o denso nevoeiro, mas, como quem não arrisca não petisca e não havia mais tempo na bagagem para cumprir o objetivo traçado, iniciamos o trajeto meio a medo, seriam 13 km de piso escorregadio, molhado pela chuva que ainda se fazia sentir, com vários túneis estreitos e sem iluminação. Com o desenrolar dos primeiros metros a chuva e o nevoeiro dissiparam-se e o caminho até então desconhecido foi revelando paisagens de cortar a respiração. Sete quilómetros caminhados, muitos deles perdendo a prioridade para os caminheiros já em descida, surge-nos uma cascata que se projeta verticalmente a uma altura de 100 metros formando um lago, encontrávamos assim o Caldeirão Verde, como um oásis no meio do deserto. Este ponto também constitui a que seria a minha primeira Earthcache, mas repleto de mugglers a tarefa tornou-se impossível. Respirei fundo, como água da fonte da juventude e voltei a descer compreendendo agora o porquê dos sorrisos estampados nas caras de quem me fui cruzando na subida. Também eles, como eu agora, haviam descoberto o tesouro, guardado entre montanhas.
Com o sentimento de dever cumprido, voltei ao Funchal para aproveitar um solzinho de final de tarde nos barzinhos em frente à marina. Que bem que se está na ilha...
A sandocha de bolo do caco com prego acompanhada de uma refrescante Brisa de maracujá
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